terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CINESIOLOGIA PSICOLÓGICA

INTEGRAÇÃO FISIOPSÍQUICA



FERNANDO NOBRE CORTESE

INTRODUÇÃO

Nossa abordagem, criada e desenvolvida pelo Dr. Petho Sandor (1916-1992), médico e psicólogo húngaro radicado no Brasil desde 1949, fundamenta-se em uma visão do ser humano como um todo integrado corpo/mente, aproximando-se do que hoje se denomina visão holística. Tenta-se ainda superar a falsa dicotomia herdada do cientificismo mecanicista que dominou a ciência e cultura ocidentais após o renascimento. Nossa postura filosoficamente encontra fundamentos na Antigüidade Clássica, e na filosofia oriental.(1) Modernamente, a Física ocidental realizou um enorme salto qualitativo na teoria do conhecimento, ao provar que a redutiva dualidade matéria/energia, ou corpo/mente, ou tempo/espaço, ou sujeito/universo é nada mais do que uma abordagem oriunda da percepção do observador e, portanto, condicionada e limitada pelos seus sentidos e sua consciência.(2)

Esses fundamentos filosóficos e epistemológicos estão presentes na obra teórica e prática de C.G.Jung. O conceito de inconsciente coletivo universaliza o homem e liberta-o das limitações dos parâmetros da consciência egóica, abrindo novas dimensões espaciais e temporais. A postura de Jung, calcada também na Fenomenologia, busca escapar dos condicionamentos mentais pré-estabelecidos, numa relação mais integral com paciente e com o conhecimento. "Tento, tanto quanto possa, não ter idéias pré-concebidas e não usar métodos já prontos e ter a idéia de que, eu mesmo, determinarei meu método; procederei da forma como sou."(CGJ)

Podemos citar: Sócrates - "Conhece-te a ti mesmo"; Platão - "A idéia origina o ser"; Heráclito - "Tudo flui...Tudo provm do Logos"; entre os egípcios, Hermes Trimegistros - "Sob as aparências do Universo, do Tempo, do Espaço, e da Mobilidade, está sempre encoberta a Realidade Substancial: a Verdade Fundamental"- "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima"; para os orientais "A unidade de vida e consciência é o Tao" como mostra Jung em "O segredo da Flor de Ouro" (2)Veja indicações bibliográficas no final.

Sándor assumia a visão de homem e postura de Jung. Ao já conhecido trabalho verbal com os conteúdos psíquicos, acrescentou o trabalho corporal. Jung, embora não trabalhasse corporalmente os pacientes, utilizava com liberdade técnicas como pintura, música, extrapolando padrões fixos, "setting", e horários.

Encontramos, porém, em Jung muitas citações que mostram como em sua observação da dinâmica psicológica, o dinamismo corporal está presente, e desafia nossa ciência atual a integrá-los. "Corpo e psique são os dois aspectos do ser vivo, isso é tudo o que sabemos. Assim prefiro afirmar que os dois agem simultaneamente, de forma milagrosa, e é melhor deixar as coisas assim, pois não podemos imaginá-las juntas. Para meu próprio uso cunhei um termo que ilustra essa existência simultânea; penso que existe um princípio particular de sincronicidade ativa no mundo, fazendo com que os fatos de certa maneira aconteçam juntos como se fossem um só, apesar de não captarmos essa integração".(1)

Wilhem Reich, de onde provém também parâmetros para nossa abordagem, localizava o psíquico no corpóreo, sendo o toque corporal fundamental em seu trabalho de diluição das couraças musculares e de caráter e liberação da energia reprimida.

Em J.H.Schultz e seu Treinamento Autógeno, Sandor resgatou a idéia da "psicoterapia organísmica" e do "recondicionamento físio-psíquico". Como Sandor, Schultz desenvolveu com pacientes de um hospital durante a guerra formas práticas de atuar sobre o organismo fisiopsíquico facilitando o reequilíbrio e reorganização desse organismo em um ritmo mais integrado. Enquanto Schultz utilizou estímulos sonoros verbais para conseguir essa "comutação" de estado fisiopsíquico, Sandor desenvolveu estímulos cutâneos para o mesmo fim - a Calatonia.(2)

Nosso trabalho corporal visa, em várias dimensões, reintegrar o paciente consigo mesmo. Em primeiro lugar, o trabalho corporal reconecta o homem com sua natureza mais imediata , o corpo físico, origem do eu corporal, fornecendo sensações e informações que orientam o indivíduo se eles as observa adequadamente. Nesse sentido, o trabalho corporal atua como um instrumento de profilaxia da saúde, permitindo a reorientação do cuidado consigo.

(1)Jung, "Fundamentos da Psic. Analítica" - Vozes - parágrafo 69

(2)Sándor, "Técnicas de Relaxamento"- Vetor

Nas formas em que atuamos - calatonia, reajustamento dos pontos de apoio, toques sutis - o trabalho proporciona uma peculiar comutação fisiopsíquica que conduz a um estado alterado de consciência, uma espécie de mudança na faixa de funcionamento do ego na vigília cotidiana, com sensações e imagens próprias desta outra faixa. Isto permite o experienciar de conteúdos distintos dos habituais. Essa vivência ajuda no descondicionamento do ego, no ultrapassar aquelas categorias de pensamentos, sentimentos e sensações padronizados e inculcados pela cultura de massa em que estamos envolvidos. Há aqui uma possibilidade de contato mais profundo e autêntico com aspectos do nosso Eu inconsciente, o centro da personalidade chamado Self por Jung. Essa reconexão é fundamental para que o homem possa orientar seu trajeto de individuação no sentido de realizar o potencial presente no Self, no Si Mesmo, encoberto e distorcido em nossa cultura pelos condicionados e desequilibrados desejos e aspirações do ego. O ego quer realizar-se mas o Self quer realizar-SE, isto é, cumprir a destinação daquele organismo individual de participar harmoniosa e integradamente dAquele Organismo maior de que faz parte. A psique consciente do homem atual padece de uma deformação característica de nossa cultura - a inflação do ego - que exorbitando sua função original almeja controlar e determinar o processo do Ser.

Essa é uma grave ilusão - o homem não pode controlar a Natureza, física ou psíquica - nem mesmo pode compreendê-la totalmente - ele é parte dela e funciona de acordo com suas leis - como disse Jung, o inconsciente é que determina se vou conseguir pronunciar(ou escrever) a próxima palavra. Essa ilusão do homem atual tem sérias conseqüências - a Natureza física e psíquica ressente-se de sua ação unilateral e predatória, e mostra os desequilíbrios resultantes.

Essa reaproximação do paciente com sua Natureza é propiciada por vários elementos. Deitar-se, despojar-se das roupas, fechar os olhos, já configura simbólica e fisiológicamente uma alteração do ritmo de funcionamento corpóreo e psíquico. Entregar-se ao toque proposto e deixar as percepções serem vivenciadas permite a experiência dos conteúdos das camadas mais interiores. E o estímulo do toque, ao trazer descontração muscular, reequilibro das funções respiratória, circulatória e outras, complementa a criação do campo fisiopsíquico propiciador dessa experiência.

O tipo de toque que utilizamos busca essa característica não condicionada, não habitual, mais arcaica - por exemplo, toques nas plantas dos pés ou ao longo do coluna vertebral - bem como configurações grupais primitivas, que evocam o arquétipo - o círculo, as mãos dadas, a dança, a emissão de sons primordiais(A).

O campo fenomenal onde se dá o trabalho corporal é criado pela interação terapeuta/paciente, constelando o arquétipo de cura e configurando um "vaso hermético" onde a energia fisiopsíquica mobilizada operará as transmutações e transformações em ambos.

A terapia organísmica necessita de uma atitude interna do terapeuta de entrega ao processo e soltura em relação a idéias e intenções pré-concebidas. Também ele tem que dar-SE. O que ocorre é um processo que confronta, intercambia, integra e transcende os dois, terapeuta e paciente, ao constelar o terceiro ponto, aquela energia de síntese que provem do Eu inconsciente - Self.

O terapeuta move-se mais no eixo sensação/intuição, ao observar seu paciente, ouvi-lo com a ponta dos dedos e deixar que as impressões vindas do inconsciente através da função intuitiva configurem o trabalho a ser realizado. Pensamentos e sentimentos, demais condicionados socialmente, participam menos nesse momento e mais na elaboração posterior.

O corpo revela e desvela o universo interior através do toque. Atua o sistema nervoso vegetativo, ou autônomo(isto é, independente da consciência). "Há evidências singulares a respeito da participação dos diversos segmentos do sistema vegetativo na formação de imagens, e da importância do cerebelo na coordenação dos fragmentos delas. Parece que cada viscerótomo, neurótomo, miótomo, ou dermátomo condiciona certas qualidade ou certa intensidade de dinamismo psíquico que tende a se manifestar como imagem em certas etapas do trabalho aferente ou eferente."(Sandor).

"Experimentando o emergir das imagens calatônicas, suas transformações, sobreposições ou fusões entre si, percebe-se o seu dinamismo integrador e ainda outro fato bastante peculiar: a finalidade inerente, isto é, elas surgem com aquele conteúdo que para os problemas momentâneos do paciente é o mais indicado, abrangendo as áreas necessárias e - como Jung diria - "constelam" as respectivas esferas vivenciadas, as potencialidades". (Sandor).

Observar atentamente esse processo que ocorre através do trabalho corporal é muito importante para o desenvolvimento psicológico. Na verdade essa observação atenta de si é a função religiosa da psique (religião=relegere) na acepção de Otto que Jung incorporou para descrever a religião como um instinto psicológico e o seu não atendimento como origem dos desequilíbrios físicos e psíquicos da segunda metade da vida. Religião é observar-SE e trabalho corporal cria condições para isso.

Este texto é usado como material didático no I ano do curso de Cinesiologia do Instituto Sedes Sapientiae.



Indicações Bibliográficas Básicas



Sobre Integração Fisiopsíquica:

Sandor, Petho - "Técnicas de Relaxamento"- Vetor

Farah, Rosa - "Integração Psicofísica - Cia, Ilimitada

Delmanto, Suzana - "Toques sutis" - Summus



Sobre Psicologia Analítica:

Jung - "Fundamentos da Psicologia Analítica"- "A Natureza da Psique"- " Práticas da Psicoterapia" - "Psicologia e Religião Oriental"- Vozes

"Memórias, Sonhos, Reflexões"- Nova Fronteira

Silveira, Nise - "Jung: Vida e Obra"- José Álvaro Ed.



Sobre Trabalho Corporal e Psicologia:

Schultz, J.H. - "Treinamento Autógeno"-

Reich, Wilhem - "A Função do orgasmo"- Martins Fontes

Gaiarsa, J. - "Reich-1980"- Agora

Mindell, A .- "O Corpo Onírico"- Brasiliense

Brennan, Bárbara - "Mãos de Luz"- Pensamento

Montagu, A .- "Tocar: o Significado Humano da Pele"- Summus



Sobre os novos paradigmas da Ciência:

Sousa, W. - "O Novo Paradigma" - Cultrix

Capra, Fritjof - "O Tao da Física" - Cultrix

Toben e Wolf - "Espaço-Tempo e Além" - Cultrix

Von Franz,M.L. - "O Homem e seus Símbolos" - Aguilar

Brennan, B.- "Mãos de Luz" - Pensamento



Sobre Anatomia e Fisiologia

Jacob e Francone: "Anatomia e Fisiologia Humana" - Guanabara

Calais-Germain,B. - "Anatomia para o movimento" - Manole



Sobre Filosofia:

Vita, Luís W. - "Pequena História da Filosofia - Saraiva

Gaarder, J. - "O Mundo de Sofia" - Cia das Letras

MAIS DEPOIMENTOS

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Voce pode acessar excelentes artigos junguianos em

http://www.junginstitute.org/index.php/Paged/127/ParentPaged/9
Boas leituras !

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O segredo em psicoterapia .


 


 

Pessoas procuram psicoterapia por varias razões: porque sofrem e sabem disso, porque sofrem mas sonegam a si mesmas sua dor a aí a psique trata de fazer um barulho na mente ou no corpo suficiente para requerer escuta , ou então por encaminhamento de outros profissionais. Quando o individuo deseja ajuda temos uma porta aberta: quando não, é preciso considerar as razões para tal inibição ou resistência. A alma se esconde por trás dos sofrimentos, sua historia e a repercussão sobre o físico e a vida de relação. O cuidado da pessoa com sua privacidade é um bom começo e não significa necessáriamente oposição pois pode marcar a importância que ela dá á sua interioridade. Ao contrario do que se possa imaginar , alguém que se exponha consciente ou inconscientemente "a céu aberto", esta sim pode ter sérios distúrbios.

Sabemos que segredos guardados erroneamente funcionam como venenos e a psicoterapia oferece um espaço para a pessoa deixar de estar só com seu drama ofertando um alguém em quem confiar. Mas como confiar num estranho? Que regra é essa? De onde vem e a qual modelo serve?

A psicoterapia recebe influencias do modelo médico de atuação. Em sua prática o médico além do diploma , do código de ética oferece ao seu paciente um juramento( de Hipócrates) que abrange tanto o interesse na cura quanto o sigilo sobre o que lhe é dito. Neste sentido o sigilo médico é um principio que enobrece a doença , protege a pessoa e um destino a ser respeitado. Saúde e doença como reveladores das oscilações do viver devem ficar longe de mexericos . Pacientes mostram ao médico seu corpo , aversões , hábitos e destemperos e preocupam se com a figura do médico que os ouve até mais do que com as outras pessoas que possam saber de sua mazelas.

Sigilo é importante para a individualidade e segredos compartilhados criam intimidade por isso Carl Jung apontou para a importância do terapeuta deixar de lado pressupostos intelectuais e colocar-se a serviço da investigação junto com o paciente para que este possa confessar(este é o termo) experiências das quais muitas vezes ele se envergonhe.

Uma conexão real com a pessoa do psicoterapeuta é o que o paciente espera obter e retem sua alma até que possa sentir esta qualidade de vinculo. O mistério do processo analitico é diferente do sigilo médico. Dos vários encontros, das cuidadosas conversas , da atitude do terapeuta para com o que expõe,revela e traz á luz e da atitude do paciente ao guardar para si estas experiências , ele também faz segredo . A isto chamamos de vaso fechado , onde se cosinha uma grande transformação , no escuro e no silencio da alma quando reconhecida.Não é o diploma nem o juramento que garante o vaso fechado , é a relação entre o par terapêutico, seu propósito e devotamento.

Voltarei ao assunto oportunamente.

Denise M. Molino.


 

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Excessos e Faltas


 


 

Há algo de revolucionário em tornarmos única uma experiência qualquer de um individuo ,por mais corriqueira que possa parecer , ao dar a ela um sentido. Isto é subjetivação , nascer como individuo . Mas dá um trabalho enorme pois parar para pensar , ouvir a si mesmo, viver a vida e procurar significados vai na contramão do espetáculo acelerado do momento. Se não tomarmos cuidado ficamos como bobões , no automático , meio hipnotizados pelas repetições dos fatos , por mandamentos sociais estúpidos que mesmo quando horríveis vão se tornando cotidiano.

A surpresa e a perplexidade dão lugar á banalização e de repente "...tudo tão errado que parece certo..." como na musica de Kiko Zambianque.

Um numero crescente de crianças e jovens apresentam ditas dificuldades no relacionamento com a vida escolar. Pais desesperados á procura de orientação ,lotam as agendas dos filhos com aulas extras , professores particulares ou então um analista que rápido e quase mágicamente resolva o transtorno : todos em busca do tão apregoado produto , o bom aproveitamento.Os custos educacionais são caros e o futuro,dizem , está garantido aos bem formados . Mas quem diz isso mesmo? E formados de quê? Qual é a substancia formadora de seres humanos que garanta felicidade ou coisa outra ?

A competição desde cedo é o lema , antes mesmo do comportamento solidário e companheiro se estabelecer entre iguais e diferentes , promete um lugar de destaque aos filhos de irrefletidos e desavisados pais . Pais e professores completamente rendidos ás crianças e jovens, lançam ultimatos , suas ultimas cartadas , ou ameaçam o "apocalipse" e eles "nem aì" como se diz. Nossos garotos estão desinteressados e desorientados. Grande resistência : problema do sujeito ? Só dele ? Sei não ...

Quem não anda fazendo a lição de casa direito? Se perdemos o conceito de Educação como função humanizadora atropelamos meninos e meninas .Com o foco em outro lugar (onde mesmo será?) fabricamos desentendimento , vazio , doença. Se tudo vira produto a ser consumido ou rápidamente descartado: consulta, sessão de análise, escolaridade, conhecimento ou filho , estamos longe da poderosa reflexão. Não estamos dando conta dos sintomas escolares, afetivos, físico e psicossomáticos de nossos filhos. Podemos avaliar nossos atos pelos resultados obtidos e pensar que novos problemas pedem novas soluções.

Qualquer observador atento pode sair por aí de madrugada e encontrar menores de idade á porta das "baladas" ,muitos á mercê de quem se aproprie dos seus desejos e de seus corpos, aproveitando-se da lacuna de presença na vida destes meninos e meninas. Ausencia de figuras que norteiem lazer sadio possível , boas companhias , horários plausiveis , broncas "caretas" e talvez um bom chauffer-papai ás tres horas da manhã esperando de roupão , dormindo dentro do carro á dois quarteirões da festa. O velho "Penso, logo existo" substituído pelo "Sou visto, logo existo" devagarinho nos leva a excessos de toda sorte , de violência, do desrespeito ao corpo , de drogas , do crime que vira norma.

E aí se você está triste , frustrado ou sem o sucesso do momento ? Remédio. Seu corpo dói , há formigamentos , pensa que vai morrer em cinco minutos, lhe falta o ar ? Remedio. Ou seja , você é totalmente irresponsável pelo seu sofrimento pois certamente há uma explicação ancorada na biologia para um ancestral mecanismo humano que , de repente , pára de funcionar e ninguém pergunta o porquê. Serotonina não recaptada . Menino usando drogas ? Fixação na boca .

Não lhes parece pouco? É pouco e apenas parte da questão ou das várias questões que nos afligem no momento. O desinteresse das crianças e jovens , a tristeza , o adoecer frequente ,o consumo de drogas mas também de todas as outras combinações de substancias com finalidade euforizante , a busca imediatista de satisfação a qualquer preço ou condição são símbolos de acontecimentos maiores .

O que a vida quer de nós?

Em trinta anos de pratica profissional comungo com muitos colegas analistas , médicos , pedagogos, assistentes sociais , pais e professores , sobre o uso equivocado de recursos mara vilhosos de que dispomos e da visão cristalizada de alguns que fazem do redutivismo resguardo para suas limitações. Existir é plural e pede de todos lenta paciência e cuidado , que sustentemos a duvida , pressuposto importante do cientista sempre pronto a perguntar ,desarrumando gavetas e preconceitos, inventando saídas , desmontando certezas , cuidando da vaidade, cansar da fala de papagaio e substituí-la pela conversa com o outro dentro ou fora de si mesmo, agüentar a surpresa. A palavra é gesto poderoso .


 

Denise M.Molino .